sexta-feira, 21 de março de 2014

Liturgia e nádegas

Eu quero mais que a nudez
e a indicação de uma exclamação
Quero uma tangente realmente vívida
Um espaço tempo de D'eus
O que for dele e o que for também ruina
A vida não é lá uma besta
nem tão pouco apenas purpurina
O território é o ar e toda contaminação cultural
Tudo é cultura
mas o que me atinge o âmago é o poço transversal
Gosto dos que não tem cura,daqueles loucos varridos que me fazem rir e querer ser sempre utopia
Gosto de amor imenso, mas me cansa os detalhes do romantismo
A latir, a miar, a parir
Palavrões bem ditos aliviam o fígado
Deixa de ser tonto camarada!
Seu lugar no céu não precisa ser comprado pelo rigor
Efêmero somos
Os planetas ventilam minha bunda quando deito de costas
Sinto minhas bochechas avermelharem
Eu posso voar e ser terra, e algo além do que ainda não conheci
Namastê!

Nenhum comentário:

Postar um comentário